segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CBF SE RENDE AO FUTEBOL ALEMÃO E VAI COPIAR BASE DA ATUAL CAMPEÃ DO MUNDO


CBF oficializa plano para construir


15 CTs de formação no Brasil

Anúncio foi feito nesta segunda-feira por, Alexandre Gallo. Centros serão construídos em estados que não foram sede da Copa do Mundo

Por Rio de Janeiro

O coordenador técnico da base da CBF, Alexandre Gallo, anunciou nesta segunda-feira que a entidade construirá, com a ajuda da Fifa, 15 novos centros de treinamento no país. 

Os CTs, que terão como prioridade a formação de atletas, deverão ser construídos em todos os estados que não foram sede da Copa do Mundo. O primeiro deles já está sendo erguido no Pará.

- A ideia é que cada CT trabalhe com 720 garotos, totalizando 10,8 mil jogadores. Todos trabalhando com uma metodologia única de formação - afirmou Gallo.
A previsão é que os centros de treinamento estejam prontos até 2017. Para Gallo, será uma contribuição importante para o futebol brasileiro. 
- É um legado da Copa que vai ser fantástico para o trabalho de formação no Brasil - completou .
Gallo seleção Brasil Sub-21 (Foto: Felipe Schimidt)Coordenador da base, Gallo quer unificar metodologia de formação do futebol brasileiro (Foto: Felipe Schmidt)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

RECEITAS DE TV LEVA O FUTEBOL BRASILEIRO RUMO À "ESPANHOLIZAÇÃO"


Abismo entre as receitas dos clubes mais ricos do Brasil não para de crescer, diz estudo do Itaú BBA. Problema vem do repasse de receitas de TV


Francisco Loureiro
São Paulo (SP)
Flamengo x Corinthians (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
O futebol brasileiro caminha em passos largos em direção à ‘‘espanholização’’, e o principal motor desse processo é a distribuição das cotas de TV, segundo levantamento do Itaú BBA. O termo se refere à situação da Liga BBVA (Espanha), na qual Real Madrid e Barcelona abocanham 55% da receita total do campeonato e boa parte dos títulos nacionais.
No Brasil, o termo ganhou força a partir de 2011, quando a Rede Globo passou a negociar individualmente os contratos de TV e privilegiou os clubes com maior torcida, sobretudo Corinthians e Flamengo, que em 2013 receberam 20% de toda receita de TV do Brasil (R$ 213 milhões).
Para mostrar a concentração das receitas de TV no Campeonato Brasileiro, o Itaú BBA separou os 23 clubes com maior receita em quatro grupos que receberam valores similares da Rede Globo nos últimos anos, e a constatação é preocupante: o abismo só aumentou.
Em 2011, o Grupo 1, formado por São Paulo, Corinthians, Flamengo, Internacional e Atlético-MG tiveram receitas de R$ 980 milhões no total, R$ 257 milhões a mais do que recebeu o Grupo 2 (R$ 722 milhões), formado por Santos, Cruzeiro, Palmeiras, Grêmio e Vasco. Em apenas dois anos, essa distância dobrou, alcançando R$ 577 milhões.
Isto ocorre porque a emissora carioca aumentou o repasse ao Grupo 1 em um ritmo muito superior ao do visto pelo Grupo 2. Entre 2011 e 2013, o repasse ao primeiro escalão aumentou 43%, enquanto o segundo cresceu apenas 22%. A distância para o grupo formado por Botafogo, Fluminense, Coritiba, Atlético-PR e Bahia é ainda maior: de R$ 679 milhões, em 2011, para R$ 877 milhões em 2013. Na média, cada clube do primeiro escalão teve receitas de R$ 281 milhões, contra R$ 106 milhões do terceiro.
Essa distribuição de receitas de TV tem impacto direto nos resultados esportivos dos clubes, segundo o banco. Para efeito de comparação, só a diferença de receitas de TV de Corinthians (R$ 103 milhões) e Palmeiras (R$ 72 milhões) é suficiente para que o alvinegro tenha R$ 2,3 milhões a mais do que o rival por mês. O valor seria próximo do necessário para pagar o salário de três jogadores do nível de Alexandre Pato (R$ 800 mil mensais). Se comparado com o Internacional, décimo clube que mais recebe cotas de TV, a diferença é ainda pior: R$ 50 milhões por ano, ou 3,8 milhões mensais.
O abismo entre o clube que mais recebeu, Flamengo (R$ 110 milhões) e o que menos recebeu, Ponte Preta (R$ 19 milhões), é de 5,8 vezes. Para o banco, os clubes brasileiros deveriam mirar a Bundesliga alemã, onde o Bayern de Munique recebe apenas o dobro do clube pior colocado da liga, o Greuther Fürth.



Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/minuto/Diferenca-receitas-TV-brasileiro-espanholizacao_0_1225677421.html#ixzz3FTVCXyjR
© 1997-2014 Todos os direitos reservados a Areté Editorial S.A Diário LANCE! 

QUESTÕES DISCIPLINARES E PROFISSIONAIS NAS CATEGORIAS DE BASE

 em BannerBlogs e ColunasMarcio Cruz 10:44- 7 de outubro de 2014 0 Comentários

base-1
Olá, internautas.
Muito tem se falado a respeito da necessidade de mudanças radicais no futebol brasileiro, a fim de viabilizar o seu desenvolvimento e a melhora como um produto a ser consumido.
Ocorre que, podendo estarmos enganados, não nos deparamos com propostas concretas de uma revolução nas categorias de base dos clubes, além das questões técnicas e táticas.
Toda profissão requer grandes aprendizados e estudos, para que seja alcançado o ápice profissional com a excelência exigida durante a preparação, como estudo básico, fundamental, médio, superior, conhecimentos específicos de especialização, MBA, pós graduação e, em algumas áreas, até mestrado e doutorado. Por que o futebol não é encarado dessa forma?
Deve o atleta de futebol encarar o ambiente em que convive como sua profissão e, assim sendo, agir como um profissional, devidamente preparado. Mais que formar-se atletas com habilidades e aptidões técnicas, táticas e físicas, já é hora de serem implementadas medidas visando a profissionalização do atleta de futebol nos clubes.
Infelizmente, poucos são os atletas que adotam uma postura profissional durante as suas carreiras, mesmo com uma parcela, ainda que mínima, recebendo vencimentos muito acima de profissionais como CEO, Magistrados, Médicos, entre outros, os quais necessitam de grandes investimentos para alcançarem a excelência profissional.
Não se trata de nenhuma crítica aos salários recebidos, muito pelo contrário, se os atletas os recebem, é devido a uma parte que está proposta a pagá-los, restando configurados como lícitos e merecidos. Ocorre que não é de hoje que, principalmente em relação aos brasileiros, exige-se uma postura mais profissional dos atletas de futebol, notadamente quando alçam voos em terras internacionais.
Quais medidas poderiam ser eficazes para essa implementação profissional? Embora não sejamos nenhum Expert da área de Gestão Esportiva, acreditamos que o primeiro passo para a conscientização e implementação do “Profissionalismo”, isso mesmo, com “P” maiúsculo, no futebol, seria a adoção de medidas padrões aplicáveis desde as categorias de base iniciais, a partir das equipes Sub-11.
Inicialmente é necessário dar estrutura básica para os atletas desde a iniciação no esporte, como a disponibilização de alimentação adequada, apoio assistencial, psicológico e nutricional, aparelhamento apto a desenvolver a forma física, alojamentos com infraestrutura, educação, cultura e lazer. A partir do atendimento aos requisitos básicos de desenvolvimento humano, ficaria mais fácil implementar um perfil profissional e exigir uma postura mais séria e disciplinada dos atletas.
Além da profissionalização, necessário se faz ensinar aos atletas as regras básicas da modalidade esportiva, assim como a existência e a sujeição às medidas disciplinares previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva e em outras áreas ligadas ao esporte.
Citadas medidas, devem servir exatamente como uma Universidade do Atleta, de forma a viabilizar a formação do Jovem Atleta, preparando-o para o futuro profissional e, assim, poder encarar o futebol como uma efetiva profissão e meio para a sua vida e subsistência própria e de sua família.
A implementação de tais medidas, embora adotadas de forma básica em remotas entidades de prática desportiva, deveria ser encarada de maneira mais séria e enérgica, trazendo reflexos naquela que é considerada uma parcela soberana no futebol profissional nacional, onde a maioria dos atletas, ganham baixos salários, trabalham em condições precárias, muitas vezes em condições análogas a de escravo, submetendo-se ao referido cenário, tudo pela busca incessante de um grande sonho.
Idealmente falando, não seria necessário exigir-se tal postura das entidades de prática desportiva, eis que a ordem natural do homem médio, impõe que estas fossem adotadas e cumpridas espontaneamente, agindo na linha da Teoria do Risco Integral, onde aquele que se submete a ingressar no mercado deverá suportar os riscos da atividade empresarial, não havendo se falar que se tratam de associações sem fins lucrativos, quando a realidade expressa é totalmente o contrário.
Sabemos que o futebol carece de várias medidas a serem urgentemente implementadas a fim de viabilizar a manutenção de diversas entidades, porém de nada adianta a mudança, sem que seja iniciada pela origem e o nascimento de tudo, ou seja, como a própria expressão sugere, a base de tudo é a “base”.
Importante a conscientização dos dirigentes esportivos de que o mundo atual, exige do esporte a profissionalização e a estruturação de um modo geral, a fim de viabilizar o sucesso futuro, fazendo parte desse processo manter uma equipe de profissionais relacionadas a todas as áreas que envolvam a prática desportiva, pelo que sem tal receita, o êxito estará jogado ao acaso.
Foi um prazer tratar de mais um tema jus desportivo com todos os internautas e voltaremos em breve.
Abraço a todos.

MARCIO CRUZ
Advogado especialista em Direito Desportivo
www.mcadv.adv.br
marciocruz@mcadv.adv.br