quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

DE ACORDO COM O EMPRESÁRIO LEANDRO ÁVILA RODRIGUES: SÃO PAULO CEDE 04 ATLETAS PARA O NOROESTE DE BAURU

Noroeste contrata atacante e São Paulo cede 4 atletas

A semana segue agitada pelos lados de Vila Pacífico. Após duas derrotas consecutivas, a lanterna na série A3 e troca de técnico, novos jogadores continuam chegando ao Noroeste.
                                                                                    GUSTAVO
ADELINO















   
Nesta terça-feira, a diretoria definiu a contratação do atacante Osmar. Inicialmente, especulou-se que seria o ex-jogador do Palmeiras, mas o atacante é outro, que jogava no futebol gaúcho. Ele e o zagueiro Zé Ilton chegam à Bauru na quarta-feira e já ficam a disposição do técnico Ney Silva.

Ainda nesta terça-feira, o São Paulo oficializou o empréstimo de 4 atletas ao time bauruense, de acordo com o empresário Leandro Ávila Rodrigues (Foguinho Sports) o  volante Alan e o atacante Adelino já estavam nos planos. Lucas Farias não se interessou pela proposta de disputar a série A3 enquanto Mirray, com proposta do Cruzeiro, não virão. Em compensação, o meia Gustavo Zumpano e o atacante Léo Paoli também serão emprestados pelo time da Capital

Gustavo, Léo e Álan se apresentam na quinta-feira, às 10 horas, enquanto Adelino chegará apenas na segunda-feira.
Se 10 novos jogadores estão somando com o grupo noroestino, outros estão saindo. A diretoria definiu a liberação de 6 atletas, o zagueiro Matheus, os meias Cleberson e Murilo e os atacantes Léo, Felipe e Nei.

Já o meia Douglas, destaque da equipe na Copa São Paulo de Futebol Juniores, não aceitou a proposta de renovação contratual e deixará o Noroeste ao final de seu contrato, no mês de Maio.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

GRANDES PROMESSAS BRASILEIRAS QUE NÃO VINGARAM

Promessas que não vingaram, como 'Foquinha', Ronaldinho cover e Lulinha

De tempos em tempos, o futebol brasileiro vê nascer jovens promessas e inúmeros candidatos a novos Ronaldinhos, Kakás... Muitos deles, contudo, não emplacam. Vários são os motivos: saída precoce do país, queda de desempenho diante de tanta pressão, expectativa exagerada. Kerlon, Lulinha e Celsinho são alguns exemplos. Relembre esses e outros casos.

Kerlon, o foquinha

Divulgação/Paraná Clube
Atualmente com 23 anos, é o maior exemplo recente de um candidato a craque que não estourou. Ficou conhecido como Foquinha devido ao drible que aplica: ele equilibra a bola na cabeça e vai para cima. No entanto, tal acrobacia não foi suficiente para transformá-lo em realidade. Para piorar, graves lesões o perseguiram. Profissionalizado pelo Cruzeiro em 2005, já passou pelos italianos Chievo e Inter de Milão e também pelo holandês PSV. Está emprestado ao Paraná, mas ainda tem contrato vigente com os italianos da Inter. 

Lulinha, o garoto dos milhões

Rivaldo Gomes/Folhapress
No Corinthians, Lulinha foi sinônimo de craque durante muitos anos, graças a sua boa média de gols nas categorias de base. Ele foi profissionalizado junto com Dentinho em 2007. O atacante, hoje titular da equipe, era "desconhecido" perto de Lulinha. O meia, porém, nunca encheu os olhos da torcida. Para aumentar a pressão, tinha um dos maiores salários do time. Foi emprestado para o futebol português (Estoril e Olhanense) e agora, aos 20 anos, está voltando ao Brasil. Bahia e Avaí mostraram interesse no futebol do meia. 

Celsinho: Ronaldinho cover

Fernando Santos/Folhapress
O longo cabelo logo rendeu comparações com Ronaldinho Gaúcho. Meia habilidoso, surgiu na Portuguesa como grande promessa. Foi às seleções de base e aos 16 anos se transferiu ao Lokomotiv (RUS), após expulsões que irritaram a torcida rubro-verde. Depois foi para Portugal, onde atuou por Sporting e Estrela da Amadora. Admitiu ter abusado das noitadas. Com 1,74m, chegou a pesar 92 kg. Emagreceu e voltou para a Portuguesa em 2010, mas, criticado, preferiu ir embora. Aos 22 anos, tem contrato com o Sporting. 

Ramon, a aposta de Kia

Divulgação
Quando surgiu no Atlético-MG, o meia era considerado uma das maiores revelações do clube. Fez um bom Mundial sub-17 pela seleção e começou a ser comparado com Robinho. Despertou o interesse dos europeus, mas a MSI, polêmica parceira do Corinthians, decidiu investir e o comprou. Foi o início de sua perambulação sem sucesso por Corinthians, CSKA, Krylia Sovetov, Flamengo e Bahia, seu clube atual. Não se firmou em nenhum time e ganhou rótulo de baladeiro e indisciplinado. E tudo isso com apenas 22 anos... 

Fábio Pinto: ele titular, Ronaldinho reserva

AP
Ele já deixou Ronaldinho Gaúcho no banco na seleção de base. Antes de completar 18 anos, disputava o Campeonato Espanhol. O atacante Fábio Pinto, porém, é um dos exemplos clássicos de craques que não vingaram. Revelado pelo Inter, defendeu mais de dez times, como Grêmio, Cruzeiro e o turco Galatasaray. A grande pressão que sofreu ainda jovem e problemas de depressão minaram sua ascensão como profissional. Depois da peregrinação em campanhas ruins por diversos clubes, foi parar no futebol do Uzbequistão. 

AS JOIAS SANTISTAS PERDEM ESPAÇO COM OSWALDO DE OLIVEIRA

Revelações das categorias de base começam a perder espaço no Santos

Apenas três jovens são titulares atuais da equipe, enquanto oito eram no início da temporada


SANTOS - A recuperação de jogadores experientes e as chegadas de reforços têm feito oSantos deixar um pouco de lado a fama de ser o time dos 'Meninos da Vila'. Apesar da tradição do clube em revelar jovens talentos, os garotos estão perdendo espaço. Na última rodada do Campeonato Paulista, por exemplo, apenas três prata-da-casa foram titulares. Já na estreia, esse número era de oito.

Técnico Oswaldo de Oliveira promove mudanças na equipe - Divulgação
Divulgação
Técnico Oswaldo de Oliveira promove mudanças na equipe
No empate sem gols com o São Paulo, no último domingo, no Morumbi, representaram a base santista Gustavo Henrique na zaga, Alan Santos no meio e Geuvânio no ataque. Entretanto, da estreia na competição, diante do XV de Piracicaba, na Vila Belmiro, outros cinco jovens perderam espaço e foram para a reserva desde: Jubal, Émerson Palmieri, Leandrinho, Alan Cittadini e Gabriel.
Para as próximas rodadas, a tendência é que apenas Gustavo Henrique, de 20 anos, continue como titular, pelo menos até o capitão Edu Dracena retornar da cirurgia no joelho. Alan Santos corre o risco de perder o lugar no time para Lucas Lima e Rildo já é ameaça real para o garoto Geuvânio.
"O ideal é um time equilibrado, com a mescla de meninos com jogadores experientes", disse o treinador Oswaldo de Oliveira no começo do Estadual, quando já era tida como certa a perda de Montillo (confirmou-se a venda do meia argentino ao futebol chinês), enquanto Cícero pedia aumento salarial e ameaçava ir embora, e Leandro Damião não podia estrear em razão de questões contratuais.
Agora toda a situação começa a se inverter. Como Arouca e Cícero são titulares absolutos, resta apenas uma vaga no meio, que deve ficar para Lucas Lima, reforço trazido por R$ 5 milhões pelo fundo de investimento inglês Doyen Sports. E no ataque, serão Leandro Damião e Thiago Ribeiro e mais um, que tem sido Geuvânio, mas no futuro poderá ser Rildo. O jogador ex-Ponte Preta tem entrado bem no time nos minutos finais. No clássico, substituiu Geuvânio aos 23 do segundo tempo, levou o time para frente e por pouco não se consagrou, ao participar dos dois lances mais polêmicos do jogo.
Gabriel passou a ser reserva no seu melhor momento, depois de marcar um gol de cabeça e ser um dos destaques da equipe na goleada por 5 a 1 contra o Corinthians, além de ter feito mais dois gols nos 5 a 1 em cima do Botafogo. Mas foi para o banco para dar lugar a Leandro Damião, que custou R$ 42 milhões, na maior negociação da história entre clubes brasileiros. De novo xodó da torcida, Gabigol passou a ser opção para os minutos finais dos jogos e tem entrado fora da posição em que estava indo bem, de atacante de área centralizado. 

UMA DESGRAÇA ANUNCIADA. TORCIDAS ORGANIZADAS O CÂNCER DO FUTEBOL BRASILEIRO

Torcida organizada do São Paulo mata um santista e manda para o hospital um deficiente. Há a promessa de vingança. Em 2013 foram 30 mortes ligadas às organizadas. Enquanto isso, os governantes do país da Copa fingem que nada acontece…

1reproducao17 Torcida organizada do São Paulo mata um santista e manda para o hospital um deficiente. Há a promessa de vingança. Em 2013 foram 30 mortes ligadas às organizadas. Enquanto isso, os governantes do país da Copa fingem que nada acontece...
20 horas na Zona Leste do domingo...
Duas horas após o clássico São Paulo e Santos.
Disputado no Morumbi, Zona Sul de São Paulo.
Um Vectra preto e um Corsa branco circulam em baixa velocidade.
Estavam na avenida Conde de Frontin, na Radial Leste.
Quando de repente, os dois carros pararam.
E dentro saem cerca de mais de dez homens com roupas de torcida organizada.
Seriam entre 12 e 15.
Testemunhas afirmam que eram da facção Independente, do São Paulo.
Munidos de barras de ferro, paus e pedras eles correm.
Em um ponto de ônibus há alguns membros da organizada Torcida Jovem.
Os que percebem a chegada dos vândalos correm.
Marcio Barreto de Toledo só percebeu quando era tarde.
O homem de 34 anos começou a ser covardemente agredido.
Socos, pontapés, pauladas, várias pancadas com barras de ferro na cabeça.
Houve mórbido revezamento de chutes e golpes com as barras no seu rosto.
Um massacre, uma covardia absurda.
Seu único crime foi vestir a camisa da Torcida Jovem do Santos.
Teve o crânio afundado, assim como as órbitas oculares.
Foi atendido pelo SAMU e levado às pressas ao hospital Municipal do Tatuapé.
Os médicos só conseguiram mantê-lo vivo até as 23h30...
Também ontem um jovem de 15 anos torcedor do Santos foi emboscado.
A Polícia Militar informa que ele é deficiente e se chama Lucas.
Estava na estação Penha do Metro, também na zona Leste de São Paulo.
Ele estava com um pequeno grupo de santistas.
Foi quando surgiram dezenas de membros de organizadas do São Paulo.
Outra vez a tática covarde.
Vários santistas conseguiram fugir, correr.
Menos Lucas.
Aí cerca de 15 criminosos passaram a massacrá-lo.
Chutes, socos, golpes com barra de ferro na sua cabeça.
O garoto estava ontem em estado gravíssimo.
A PM não confirma se ele morreu ou não.
Nas redes sociais, muitos membros de organizadas santistas revoltados.
E prometendo retaliação.
Lavar o sangue com mais sangue.
3gazeta2 Torcida organizada do São Paulo mata um santista e manda para o hospital um deficiente. Há a promessa de vingança. Em 2013 foram 30 mortes ligadas às organizadas. Enquanto isso, os governantes do país da Copa fingem que nada acontece...
Se vingar da morte de Marcio Barreto e do espancamento de Lucas.
Com mais mortes, com mais espancamento.
Membros da torcida Independente já estão jurados.
Mas há a certeza.
Estarão preparados.
Até porque nesta guerra entre covardes, quem morre é o solitário.
Quase nunca quem está em grupo.
Vestir a camiseta do seu time no Brasil é colocar a vida em risco.
Graças à impunidade, assassinos fazem a festa no futebol.
A legislação é branda demais.
Os políticos, omissos.
A ordem silenciosa é "deixem que se matem".
Trabalhei por 23 anos no Jornal da Tarde.
Desde o início da década havia algo combinado na editoria.
Quase todo final de semana chegavam notícias de brigas entre torcidas.
Se o confronto não fosse de grandes proporções, com mortos...
Não era notícia.
O mesmo ainda vale para outros veículos de comunicação.
Ou seja, a sociedade brasileira se acomodou.
Aceita as seguidas mortes estúpidas, a troco de nada.
Não há interesse genuíno para que criminosos sejam presos.
Quer seja nas torcidas como fora delas.
Cada cidadão detido custa caríssimo ao governo.
Mesmo assim os presídios estão abarrotados.
1reproducaogazetadopovo Torcida organizada do São Paulo mata um santista e manda para o hospital um deficiente. Há a promessa de vingança. Em 2013 foram 30 mortes ligadas às organizadas. Enquanto isso, os governantes do país da Copa fingem que nada acontece...
Presos vivem como gado.
Celas com capacidade para 12 pessoas abrigam 70.
O rodízio macabro de mortes por espaço é uma realidade.
Prefeitos não querem penitenciárias em suas cidades.
É a certeza de rejeição da população e perda de mandatos.
Não há interesse em um trabalho de investigação.
De inteligência nas organizadas do Brasil.
Os vândalos e criminosos são maioria.
Mas estão dominando fatias importantes dentro das torcidas.
Incentivando jovens sem trabalho ou estudo à violência.
Fora o fato de o ambiente ser propício para a venda de drogas.
São milhares de jovens, adolescentes juntos.
Exaltados, revoltados, muitos marginalizados pela sociedade.
Chegou a hora do troco.
Ainda mais motivados com tanto exemplo de impunidades.
Vista vermelho, preto, branco, verde.
A ação de criminosos nas organizadas é o mesmo.
Assustadora e cada vez mais ousada, covarde.
Queimar bandeiras, camisetas adversárias é coisa de criança.
Deixar o torcedor rival desmaiado com chutes e socos é pouco.
O que vale é matar.
Dá status, traz respeito, medo, autoridade ao criminoso.
Estar em uma tocaia que matou alguém é motivo de orgulho.
Pouco importa quem morreu.
Qual família foi destroçada.
Como a de Marcio Barreto de Toledo.
Segurança profissional, tinha um filho de cinco meses.
Ele não poderá conhecer o pai.
Porque teve a cabeça esmagada por um bando de desconhecidos.
Bandidos que agora devem estar comemorando mais uma morte.
Talvez duas.
Quem sabe o garoto deficiente Bruno também morra?
Enquanto isso, vândalos e criminosos nas organizadas santistas juram.
Prometem vingança.
Olho por olho.
O palco pouco importa.
Como a segurança nos estádios melhorou é preferível matar longe.
Nas estações de metrô, nos pontos de ônibus.
No ano passado, números oficiais contabilizam 30 mortos.
Todos envolvidos com torcidas organizadas.
Com certeza morreram mais pessoas.
Só que muitas não entraram na contabilidade oficial.
Isso acontece há décadas.
Em 1991, o filho do ex-treinador Jair Pereira voltava para casa.
Havia acabado de assistir Vasco e Flamengo no Maracanã.
Estava em um ônibus comum.
Tomou um tiro e morreu.
Tinha 15 anos.
A carreira de seu pai nunca mais foi a mesma.
O abalo com a perda de Jairzinho se mostrou devastador.
Ninguém acabou preso pelo assassinato.
Este é o grande estímulo para que mais mortes aconteçam.
Criminosos nas organizadas já perceberam.
Como James Bond eles têm licença para matar.
Quem sabe no futuro os placares no futebol não mostrem mais gols?
E uma partida no Brasil seja decidida pelo número de mortos?
Seria uma saída para tanta impunidade.
Tantas ameaças dos Ministérios Públicos que não dão em nada.
Falta de empenho dos políticos, das autoridades.
Dá muito trabalho ajustar a legislação.
Mudar a Constituição até.
É melhor deixar assim.
Até que uma grande desgraça aconteça.
Ou alguém 'importante' seja assassinado por esses vândalos.
Quem sabe ao vivo, com a televisão mostrando para o mundo...
Enquanto forem pessoas anônimas, deficientes, que se matem.
Essa é mentalidade tacanha dos governantes desse país...
3ae10 Torcida organizada do São Paulo mata um santista e manda para o hospital um deficiente. Há a promessa de vingança. Em 2013 foram 30 mortes ligadas às organizadas. Enquanto isso, os governantes do país da Copa fingem que nada acontece...

Perfil

Cosme Rímoli - Portal r7.com

Ganhou o prêmio Aceesp por seis vezes, como melhor repórter esportivo entre jornais e revistas de São Paulo. Trabalhou 22 anos no Jornal da Tarde. Começou com o blog no UOL, em 2009. Em sete meses, teve mais de 11 milhões de acessos. Cobriu as últimas Cinco Copas do Mundo, seis Eliminatórias para a Copa, quatro Copas América, dezenas de finais de Libertadores, Brasileiros e Campeonatos Paulistas. Mundial de Clubes no Japão 2011. O Pan-Americano do México. Três etapas do UFC. Olimpíadas de Londres 2012. Copa das Confederações em 2013. Foi a 29 países cobrir eventos esportivos.


ANDRADINENSE LAURO PODE ACERTAR COM NÁPOLI DA ITÁLIA

Com lesão de Rafael, Napoli pode acertar com experiente Lauro

Lauro tem contrato com o Internacional até o fim de 2014 e teve boa passagem pela Portuguesa em 2013

O experiente goleiro Lauro pode acertar sua transferência para o futebol italiano nos próximos dias. Segundo o site Tuttonapoli, o Nápoli está interessado na contratação do arqueiro, que defendeu a Portuguesa na última temporada. O jogador, de 34 anos, tem contrato com o Inter até o fim de 2014 e está treinando no clube de Porto Alegre. Lauro teria que rescindir com o Colorado para acertar com o time italiano, isso porque a janela de transferências está fechada e não permite mais uma transação entre os clubes.

O interesse em Lauro surge após a séria lesão sofrida pelo goleiro Rafael. O ex-jogador do Santos sofreu uma ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo e vai ficar fora dos gramados por um longo período. Com o desfalque, a diretoria do Nápoli procura no mercado sul-americano um atleta para fazer sombra ao espanhol Pepe Reina.

Segundo fontes ligadas ao Yahoo Esporte Interativo contatos com pessoas ligadas ao goleiro Lauro já foram iniciados e as negociações podem evoluir nas próximas semanas. O jogador tem passaporte italiano, é experiente e tem uma estatura física que agrada a comissão técnica do Nápoli. Todos esses fatores fazem com que as conversas possam ter um desfecho positivo.

Lauro não deve ser utilizado pelo Internacional neste ano. Dida e Muriel são os nomes que o técnico Abel Braga pretende usar no decorrer de 2013. Se uma proposta chegar ao Beira-Rio é provável que a cúpula colorada libere o jogador sem muitas dificuldades.

FIFA E O FIM DO AGENTE DE FUTEBOL

FIFA IRÁ DESREGULAMENTAR ATIVIDADE DE AGENTE DE FUTEBOL ATÉ 2015


Figura do agente será substituída por intermediário. Discussões acontecem desde 2009 em congressos da entidade e já foram documentadas

Eduardo Mendes 25/02/2014 - 07:03 Rio de Janeiro (RJ)
Presidente da FIFA, Joseph Blatter, da uma coletiva de imprensa após uma reunião da força-tarefa da FIFA (Foto: Sebastien Bozon/AFP)
Após cinco anos de discussões em congressos, a Fifa irá desregulamentar a profissão de agente de futebol. A partir de 1° de fevereiro de 2015, clubes e jogadores tratarão sobre negociações com intermediários, conforme determinação da instituição já especificada em um documento ao qual o L!Net teve acesso.
A entidade máxima do futebol, dessa maneira, se desvincula totalmente do papel de regulamentar a atividade, que já estava sob cuidados das 209 federações filiadas à Fifa desde 2001. A mudança trará impactos à situação de, ao menos, 6.882 agentes, que têm licenças. As permissões serão recolhidas por cada associado filiado até o ano que vem.
Em 2009, no 59º Congresso da Fifa, em Marrakesh, membros da Associação Europeia dos Agentes de Futebol (Efaa) iniciaram os debates para as mudanças relativas à atuação de empresários no futebol. O Brasil e os outros países da América do Sul foram representados por Marcos Motta, especialista em direito desportivo e consultor jurídico da Efaa.
Será de responsabilidade de clubes e jogadores checarem os critérios mínimos estipulados pela Fifa – como saber se o intermediário tem certidão negativa, por exemplo – antes de definir com quem irão negociar. Um contrato modelo de representação com respaldo da entidade, então, poderá ser assinado entre as partes.
As operações, portanto, serão registradas por meio desses contratos a partir das federações, informando as pessoas envolvidas nos negócios. Fato que tornaria os negócios mais transparentes, na visão da entidade.
A Fifa sugeriu que as comissões pagas a esses intermediários sejam de 3%. A imposição do percentual, porém, desagradou e a participação a qual esses profissionais têm direito fica como uma recomendação. Nos atuais moldes, quando essa taxa é especificada em contratos de transferência, o agente recebe 10% do salário bruto negociado para o jogador.
Dados fomentam as mudanças
Nas primeiras discussões sobre a desregulamentação da atividade de agente de futebol, a Fifa apresentou alguns dados para defender uma mudança na relação entre esses profissionais e clubes e jogadores: apenas 30% das atividades no futebol têm como intermediários empresários licenciados. Os outros 70% trabalhavam à margem no mercado, como terceiros.
Além disso, 98% das ações na Corte Arbitral do Esporte (CAS), cuja autoria era dos agentes, envolviam débitos relacionados ao recebimento de comissões.
Assim, na visão da entidade, não havia um fluxo do dinheiro dentro do próprio futebol e as despesas da instituição para regulamentar e manter uma comissão interna para julgamento de casos envolvendo os agentes não se justificavam.
A Fifa acredita que o intermediário, diferentemente do agente, pode ser o elo entre clubes em uma transação sem haver conflitos de interesse por ele, justamente, não ter vínculos com alguma das partes e ser apenas contratado.

Filiados podem estabelecer regras

A despeito de as relações para negócios serem conduzidas especialmente por clubes ou jogadores e intermediários, as federações não ficarão marginalizadas.
Um ponto debatido internamente pelos consultores da Associação Europeia dos Agentes de Futebol (Efaa) fala sobre os filiados á Fifa criarem um regulamento próprio para os intermediários.
Desde 2001, os associados da entidade credenciam os agentes e conduzem parte do processo para obtenção de licenças. Cada federação é responsável por elaborar 50% do conteúdo das provas. A outra metade fica a cargo da Fifa, apesar de a taxa cobrada para o exame ficar com as federações. Empresários já estão sendo recomendados a não renovarem as licenças.
LANCE!Net tentou contato por telefone com o vice jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, para que ele comentasse sobre as mudanças, mas não obteve retorno.

AGRAVANTES PARA AS MUDANÇAS

> Apenas 30% da atividade mundial tem intermédio de agentes licenciados. Os outros 70% dos negócios são feitos à margem no mercado
> 98% das ações na Corte Arbitral do Esporte (CAS) que têm agentes como autores envolvem recebimento de comissões
> Na Inglaterra, em média, são gastos, por ano, de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões com comissões a agentes de jogadores

COMO É COMPOSTA A ESTRUTURA ATUAL

> 209 federações filiadas à Fifa
> 6882 agentes têm licença das associações

> 246 desses agentes são brasileiros
PARA SE TORNAR AGENTE NO MODELO VIGENTE
> O candidato deve, primeiramente, apresentar documentos exigidos, entre eles certidão negativa e criminal e diploma de 2 grau. Ele paga para fazer um prova que contém 50% de questões elaboradas pela respectiva associação do país e 50% de perguntas feitas pela Fifa. O valor desembolsado vai diretamente para a federação.
COMO FICARÁ
> Clube ou jogador serão responsáveis pela contratação do intermediário. Antes, porém, deve se fazer uma checagem dos antecedentes do contratado, que precisa atender critérios mínimos exigidos pela Fifa. Um documento de representação, então, é assinado. Tal contrato será padronizada pela Fifa.
> Caso exista algum problema em uma eventual operação, clube ou jogador podem ser sancionados pela entidade.
> Federações filiadas implementarão as mudanças sob monitoramento da Fifa. Se algum associado descumprir a determinação, poderá sofrer uma punição que varia entre uma simples advertência ou até mesmo desfiliação da entidade.

REMUNERAÇÃO

> No atual modelo, agentes ganham 10% do salário bruto do novo contrato firmado pelo jogador com o clube para o qual ele foi transferido. Quando não há essa especificação no acordo, o pagamento deve ser de 5%, segundo determina a Fifa.
> Para 2015, a entidade recomenda o pagamento de 3% a intermediários. O percentual, entretanto, que pode variar a partir do acerto entre as partes.

CRONOLOGIA DA REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DE AGENTE DE JOGADORES

1991: O primeiro regulamento criado pela Fifa para regulamentar a atividade
> 1994 e 1995: adaptações são feitas ao regulamento
2001: a entidade deixou de licenciar agentes, função que passou a ser de responsabilidade das federações nacionais. Desde então, portanto, o termo “agente Fifa” estava abolido
2009: no 59º Congresso da Fifa realizado no mês de junho, em Marrakesh, começaram as discussões para a desregulamentação da atividade de agentes de jogadores. Quatro princípios, então, foram colocados em debate para justificar a medida: transparência, valores pagos de comissão, conflitos de interesse e novo sistema de registro
> Fevereiro de 2015: entrará em vigor a desregulamentação do agente de futebol. Todas as licenças serão recolhidas e a relação entre clubes e jogadores acontecerá por meio de intermediários.

OPINIÕES

Jorge Moraes
Presidente da Associação Brasileira de Agentes de Futebol (Abaf)

Foram sete, oito reuniões em quase três anos e em vários lugares. Mostramos para a Fifa que não tem como descaracterizar a figura do agente, que é imprescindível em uma negociação de um atleta. Como um jogador de nível, como Cristiano Ronaldo, irá negociar? Precisa ter uma situação de apoio, uma assessoria financeira, jurídica... A Fifa não que administrar. Isso pode ser passado, depois, para a Efaa e as federações funcionarem como um cartório. Mas acho difícil o agente terminar. Estamos tentando regulamentar isso no Brasil perante o governo.
Há quase dois anos a CBF não aplica mais provas, sendo em que outros países o processo não parou. A Fifa havia dito que o processo de setembro do ano passado seria o último e algumas coisas seriam discutidas a partir de julho de 2014, depois da Copa do Mundo.


Eduardo Uram

Empresário

Há dois pontos sobre a questão da desregulamentação. Por um lado é negativo porque tanto jogador quanto agente perdem proteção da esfera esportiva e, caso exista algum problema, terão de recorrer à Justiça Comum. Por outro lado, você deixa de ter algumas limitações que são encontradas hoje. Os contratos, por exemplo, podem ser de apenas dois anos. Há também um valor já determinado para a comissão e você fica preso ainda a valores de multa rescisória. Pelo lado positivo, portanto, esses itens podem ser arbitrados entre agente e clientes.
Se recolherem as licenças e o empresário não ser reconhecido como agente do jogador, poderá ser feito um contrato de prestação de serviço com o jogador. Seria um contrato privado de assessoria, mas de livre arbítrio e fora das normas de regulamentação.

Marcos Motta

Consultor jurídico da Efaa e representante legal da América do Sul


Há um ponto que ainda precisa ser analisado com relação à mudança. A Fifa, hoje, tem a jurisdição e competência para julgar os agentes licenciados. Com a mudança, como intervir em uma disputa entre partes de nacionalidades diferentes? Você pode ter jogador, clube e agente dentro de uma negociação que são de países distintos.
Para que um laudo arbitral possa ser efetivado, a parte que sofrer alguma sanção, por exemplo, precisa que o seu país esteja alinhado a uma convenção internacional. No atual modelo a Fifa tem como homologar as decisões do CAS por ainda não está fora.
Pode ser que um sistema de solução de disputas seja efetivado, como uma espécie de comitê arbitral internacional ou mesmo a elaboração de um tratado ou propostas de novos regulamentos.