Platini: 'O Brasil é sempre favorito. Em casa, mais ainda'
Michel Platini, 58 anos, presidente da Uefa, só citou uma seleção quando este blog lhe perguntou quem é o maior favorito a ganhar a Copa do Mundo de 2014. O ex-jogador francês (derrotou o Brasil na Copa de 1986) não vê ninguém no nível da seleção brasileira.
- O maior favorito é o Brasil. Quando se joga na França, na Alemanha, na África do Sul, sempre é o Brasil. E hoje, em casa, mais ainda. Mas o futebol você nunca sabe. Não é fácil ganhar uma Copa, mas o Brasil é claramente favorito. Eu acho que vai ser muito difícil para as seleções europeus, e não por causa do clima, nada disso. É porque as seleções sul-americanas são muito fortes, com jogadores muito bons.
Platini falou a um pequeno grupo de jornalistas brasileiros em Zurique, onde participa de reuniões da Fifa - ele também é integrante do comitê-executivo da entidade. O ex-craque francês defende que clubes não sejam punidos esportivamente em casos de racismo por parte da torcida. Para Platini, só os criminosos devem ser responsabilidades.
- Eu sou contra [punições esportivas]. Não se pode perder os pontos de um jogo. Isso não é uma questão de futebol, é uma questão de pessoas estúpidas sendo racistas. Você não pode punir um time porque seus fãs são racistas, mas você pode fechar as portas para isso. Imagine, por exemplo, que o Flamengo é campeão. E aí você tira pontos do time por causa de racismo e ele perde o título. Ou vai para a segunda divisão. Para mim, como jogador, não é justo. Você tem que punir o racista, não o time.
No ano passado, o dirigente francês afirmou numa entrevista ao jornal britânico "The Times" ser favorável a uma Copa do Mundo com 40 vagas, em vez das atuais 32 - seria uma forma de garantir mais vagas a outros continentes, sem diminuir o espaço das seleções europeias. Nesta terça, provocado a falar sobre o assunto, foi mais cauteloso.
- Isso é política, é difícil saber. Eu sou presidente da Federação da Europa, eu quero mais vagas para os europeus. Vocês, sul-americanos, têm seis vagas para dez seleções, e aposto que querem mais. Isso é política.
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