Dívida de Ricardo Teixeira com governador Perillo faz a Seleção enfrentar cidade dominada por grevistas. Marin não teve como fugir da ‘herança’ e o Brasil vai para o olho do furacão: Goiânia…
A sombra de Ricardo Teixeira domina o amistoso contra o Panamá.
José Maria Marin teve de inventar uma partida em Goiânia.
Para compensar promessas feitas pelo ex-presidente da CBF.
O governador Marconi Perillo havia deixado tudo certo.
Goiânia perdeu a Copa para Brasília.
Mas seria sede da preparação brasileira ao Mundial.
Em vez da gelada Teresópolis, Goiás.
E mais, a cidade seria uma das sedes da Copa América de 2015.
Só que Teixeira caiu.
Os sonhos de Perillo morreram.
Marin quis a Granja Comary como base para o Mundial.
A Copa América não acontecerá mais no Brasil no ano que vem.
O país abriu mão.
Já tem problemas de sobra com a Copa do Mundo e Olimpíada em 2016.
Marin, no entanto, quis pagar a dívida moral com Goiânia.
E fechou o jogo contra o Panamá nesta terça-feira.
É uma das cidades menos recomendadas para amistosos da Seleção.
Goiânia está dominada pelas greves.
Agentes de trânsito, guardas civis e professores.
As três categorias prometem protestar contra a Copa.
E tentar atrapalhar os deslocamentos do Brasil.
Usar toda atenção nacional com o jogo.
E divulgar a paralisação.
Os jogadores e Felipão já sabem o que os espera.
Todos deverão evitar críticas aos grevistas.
Para não estimular o confronto.
Se fosse possível, o amistoso seria cancelado.
Ou transferido para outra cidade.
Mas as vendas dos ingressos já acontecem.
E seria um grande desgaste para Marin.
Pelas circunstâncias, o jogo servirá como outro teste.
Para provar o sistema de proteção à Seleção.
Envolvendo polícia e Exército.
A presidente Dilma ficou irritadíssima com o que aconteceu no Rio.
Quando professores grevistas tiveram acesso ao ônibus da Seleção.
O chutaram e socaram.
Além de xingar e fazer gestos obscenos aos jogadores.
Colaram ainda vários adesivos 'não vai haver Copa'.
Foi caótica a apresentação da Seleção para o Mundial.
Jornais e sites de todo o planeta divulgaram a cena.
Dilma ordenou que não quer nada parecido.
O policiamento será reforçado.
Desde o primeiro momento que o Brasil chegar a Goiânia.
Até a hora de partir.
Inclusive com membros do Exército infiltrados na delegação.
A psicóloga Regina Brandão avisou a Felipão.
A preparação dos atletas deve ser cuidadosa.
Esse clima hostil de parte da população ao Mundial pode afetá-los.
O treinador tem feito o que foi indicado.
Insistido com os atletas que a rejeição é com os gastos do Mundial.
Não tem nada a ver com eles.
E que o povo 'está com a Seleção'.
"Precisamos e vamos separar as coisas
As manifestações não são contra nós.
Mas reivindicações de setores que buscam melhor qualidade de vida.
Nós somos jogadores e estamos aqui para disputar a Copa.
Sabemos que o Brasil tem alguns problemas.
Respeitamos o direito que todos têm de protestar.
Só queremos jogar futebol."
As declarações de David Luiz serão o exemplo a ser seguido.
Nada de os atletas comprarem brigas com os manifestantes.
A tensão já deve começar no final da noite.
A Seleção sai daqui do Rio às 20h30 em vôo fretado.
Deverá chegar perto das 22h30.
A ida até o hotel já é preocupante.
Tudo ficará pior na tarde de segunda-feira.
O treinamento será aberto ao público no Serra Dourada.
As autoridades policiais goianas estabeleceram um máximo.
Serão 20 mil pessoas terão acessoa ao estádio.
A própria policia local tem certeza.
Haverá protestos nas arquibancadas.
Foram liberadas bandeiras e faixas.
Isso não importa tanto quanto o deslocamento do time.
O pior está marcado para a terça-feira às 16 horas.
Sindicatos tentarão uma greve geral em Goiânia.
O mote será "Da Copa eu Abro Mão.
Quero Saúde, Transporte e Educação."
Radicais garantem que farão o máximo para impedir o jogo.
Os atletas brasileiros acompanham as notícias pela Internet.
E Felipão os tenta acalmar.
Sabe que R$ 2 bilhões foram investidos em segurança neste Mundial.
E ela será posta já em ação em Goiânia.
O teste promete até ser mais difícil do que o jogo.
A seleção do Panamá é muito fraca.
Foi escolhida apenas por ter estilo parecido com o mexicano.
Há reclamação do torcedores pelos preços dos ingressos.
Custam entre R$ 100,00 e R$ 280,00.
O exilado Ricardo Teixeira não imaginaria.
Mas sua dívida moral com o governador Perilo expõe a Seleção.
O Brasil enfrentará uma cidade em greve.
E com sindicalistas querendo usar a atenção que o jogo desperta.
Tensão desnecessária.
Principalmente a 11 dias do início de uma Copa do Mundo.
"Sabíamos que essas manifestações poderiam acontecer.
Estamos preparados", garante David Luiz.
Tudo será colocado à prova hoje no desembarque.
Na cidade dominada pelos grevistas.
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