Por: Cosme Rímoli - Portal R7
Gisele e Puyol vão fazer mera figuração. Feliz por ter acabado com os protestos contra a Copa, Dilma tomou coragem. E vai entregar a taça. Discursar? Só se o Brasil for campeão…
O Brasil pode até ser eliminado pelo Chile ou por qualquer outra seleção no caminho da decisão. Mas a Copa do Mundo já tem um vencedor. Ou melhor: vencedora. A presidente Dilma Rousseff. Ela mandou avisar Joseph Blatter. Faz questão de entregar a taça ao campeão. Estará no Maracanã no dia 13 de julho.
A Fifa já tinha tomado suas providências. E acertado com Gisele Bünchen e com o espanhol Puyol. Eles dariam o desejado troféu ao campeão. O protocolo seria quebrado por conta das vaias a Dilma na abertura da Copa das Confederações em Brasília. Evitando desgaste maior, ela avisou que não entregaria a taça do Mundial.
Blatter tentou demovê-la da ideia. Mas a presidente foi firme no ano passado. Não participou mais de qualquer partida. Não foi nem na final do torneio entre Brasil e Espanha no Maracanã. Só depois recebeu Felipão e alguns jogadores para posar com o troféu.
A Fifa e o governo brasileiro haviam sido desmoralizados com as manifestações contra a Copa em 2013. Em um trabalho de inteligência da Polícia Federal e das PMs estaduais, os líderes do movimento foram localizados. E tiveram a visita de agentes em suas residências. Foram obrigados a ir depor em delegacias.
Foram avisados que seriam responsabilizados se a situação se repetisse. E processados se houvesse baderna, depredação.Provavelmente presos. A Polícia Federal avisou que esse grupo de 40 pessoas seria monitorado durante toda a Copa. Muitos deles são estudantes. E resolveram não incitar novos protestos.
Os radicais do MSTS ganharam do governo o direito de participar do programa Minha Casa, Minha Vida. E garantiram que não fariam manifestação alguma contra o Mundial. Além de tudo isso, R$ 2 bilhões foram gastos com deslocamentos das Forças Armadas e policiais pelo país. A ordem do governo federal era evitar 'baderna' de qualquer forma.
O sucesso das ações animou Dilma. As ruas estão tranquilas. Sem manifestações ou os protestos violentos de 2013. A presidente foi muito xingada e vaiada em São Paulo, no primeiro jogo da Copa entre Brasil e Croácia. Mas considera que ainda era efeito da Copa das Confederações.
Agora, o espírito da Copa do Mundo já domina o país. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, já havia animado a presidente. Garantido que tudo está muito diferente nos estádios. A cobertura pela tevê tem demonstrado a alegria dos jogos da Copa.
Dilma vai lutar por sua reeleição em outubro. Ela chegou à conclusão que seria um desperdício não capitalizar o sucesso da Copa do Mundo dentro de campo. E decidiu: entregará sim a taça ao time campeão.
Blatter é o rei em sair de saias justas. Já adaptou a situação. Puyol e Gisele agora entregarão a taça para Dilma. Será ela quem a entregará ao capitão do time campeão. Sua imagem será divulgada para todo o mundo. E também servirá para a campanha eleitoral.
A dúvida é se discursará ou não. A tendência é que fale se o Brasil for campeão do mundo. Em caso contrário, só entregará a taça. O que já é seria uma excepcional vitória. No ano passado havia a certeza de que ela ficaria longe do Maracanã na decisão da Copa.
Apesar de todas as promessas não cumpridas como obras de mobilidade social, reformas nos aeroportos, trem-bala entre Rio e São Paulo, entre tantas outras, o futebol encantou a todos. E fez a presidente virar o constrangedor quadro da Copa das Confederações de 2013.
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