Publicado em 27/03/2014 às 01h03
A vexatória eliminação do São Paulo do Paulista, diante do Penapolense, em pleno Morumbi, terá consequências. Carlos Miguel e Kalil prometem reformular o decepcionante time. E Juvenal perdeu a última chance de título no seu mandato…
O São Paulo foi eliminado do Campeonato Paulista de 2014.
Caiu diante do modesto Penapolense em pleno Morumbi.
O time de Muricy Ramalho empatou em 0 a 0.
E caiu nos pênaltis por 5 a 4.
Pela primeira vez o clube de Penápolis chega à semifinal.
Era a última tentativa de título no mandato de Juvenal Juvêncio.
A queda precoce deve ter consequências.
Os candidatos Carlos Miguel Aidar e Kalil Rocha vão mudar o time.
A promessa é da busca de reforços para o Brasileiro.
Luís Fabiano, improdutivo outra vez em jogo decisivo, é o primeiro da lista.
Conselheiros tanto da situação como da situação não suportam as desculpas.
Ele é um jogador caríssimo.
Recebe perto de R$ 500 mil mensais.
Já tem 33 anos.
Na partida de ontem acabou intimidado diante de Samuel.
Desapareceu em mais uma partida importante, decisiva.
Esta é sua sina.
O clube contratou Alexandre Pato para ser o novo artilheiro da equipe.
Há a busca também de um novo lateral direito.
Outro zagueiro e dois volantes.
Empresários já estão buscando opções no mercado.
O primeiro a chegar deverá ser Hudson, volante do Botafogo de Ribeirão.
Foi um vexame a eliminação do São Paulo.
Com exceção de Wellington, todos os outros dez jogadores estavam poupados.
Ficaram dez dias só se preparando para o confronto eliminatório de hoje.
Era importante demais o clube ser campeão paulista.
Seria a última demonstração de poder de Juvenal Juvêncio.
Ele havia ficado muito feliz com a eliminação precoce do rival Corinthians.
Acreditava que hoje não haveria problemas diante do time interiorano.
A distância era imensa entre um clube e outro.
A torcida também acreditou que seria uma partida só para constar.
Resolveu poupar dinheiro para a semifinal.
Pouco mais de 16 mil pessoas foram ao Morumbi.
Com pouca gente foi possível ouvir os gritos de Muricy.
Suas reclamações diante da apatia de Ganso...
A falta de rumo de Pabón...
A inutilidade de Luís Fabiano...
A inconstância de Douglas...
A limitação de Wellington e Maicon...
Osvaldo e Álvaro Pereira foram os melhores do time.
Narciso havia prometido que não ficaria na retranca.
E realmente não ficou.
Seu time atuou de maneira moderna.
Compacta, travou o espaço no meio de campo.
A marcação era forte, mas ainda na intermediária são paulina.
Atuava em um 4-1-3-2.
Complicava a saída de bola adversária.
E ainda conseguia trocar passes, fazer o tempo passar.
O time interiorano dominou o ritmo do jogo.
O deixou lento, travado.
Quando o São Paulo dominava a bola.
A equipe se retraía.
Ganso era vigiado de perto, mas por setor.
Como sempre faz nestas ocasiões, o meia recuou.
E abria um buraco imenso na intermediária ofensiva.
Luis Fabiano não tinha quem lhe passasse a bola.
Douglas teve outra péssima atuação.
Acabou contaminando Pabón.
O São Paulo virou uma equipe pensa.
Só atacando pelo setor de Álvaro Pereira e Osvaldo.
Os dois eram os únicos que faziam algo de produtivo.
Mesmo assim o goleiro Samuel foi um espectador da partida.
O São Paulo tem um gravíssimo poder de articulação ofensiva.
Ganso provou pela milésima vez que é um jogador que não merece confiança.
É preciso ter no elenco um outro meia para brigar pela posição com ele.
Muricy também precisa ser cobrado.
Seu time não reage, não há alternativas táticas diferentes.
Tudo é muito previsível.
Xingar, gesticular, cobrar jogadores é fácil.
Ele quis montar um 4-3-3.
Mas só que a sua equipe era muito compartimentada.
Os setores muito distantes.
Isso facilitava a marcação.
A falta de produtividade, irritante.
Teve a bola muito tempo em seu poder.
Mas não sabia o que fazer com ela.
Na primeira etapa chegou a ficar com 69% de posse de bola.
Mas ao contrário do Bayern ou o Barcelona, isso não significou nada.
O Penapolense foi fiel ao seu estilo de jogo.
Narciso montou bem demais a equipe.
Tocando a bola enquanto teve fôlego, travou o São Paulo.
E calou os torcedores no Morumbi.
A ordem era não deixar que o rival ficasse confiante.
Conseguiu.
Era nítida a frustração do time do São Paulo.
Incapaz de produzir diante de uma equipe mais fraca tecnicamente.
Só que bem montada demais.
O 0 a 0 perdurou até o final.
O que já era uma vitória aos interioranos.
Mas vieram os pênaltis.
Rogério Ceni, Luís Fabiano, Ganso e Osvaldo marcaram.
Samuel conseguiu defender a cobrança de Rodrigo Caio.
Guaru, Petrus, Washington e Douglas marcaram.
Neto teve a tranquilidade de fazer o gol da classificação.
5 a 4 para o Penapolense.
"O Rogério Ceni falou que iria pegar a minha cobrança.
Vai pegar a bola na rede.
Nós estamos na semifinal", ironizou Douglas.
Ele é jogador emprestado pelo Corinthians.
Estava satisfeito demais por despachar o São Paulo.
E Rogério Ceni...
O time de Narciso enfrentará o Santos.
Os pouco mais de 16 mil torcedores xingaram, vaiaram a equipe.
Desiludidos com mais um Paulista perdido.
Faz nove anos que o time venceu o último.
Juvenal Juvêncio havia prometido premiação especial pelo título.
Mas nem assim, o time conseguiu sequer passar das quartas.
Por isso Carlos Miguel e Kalil prometem uma reformulação.
Estão cansados de vexames como o de ontem.
Cair no Paulista diante do Penapolense no Morumbi foi histórico.
Desde 2004, o clube não fazia uma campanha tão ruim.
Ficava pelo menos entre os quatro primeiros.
Um vexame inesquecível.
E que terá consequências...
www.r7.com/cosmerimoli
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