domingo, 12 de janeiro de 2014

BALAIO DE "GATOS CEARENSES"




Kleber Lavor (Foto: Divulgação/CaririNotícias)Kleber foi apontado pelo MPF como 'chefe maior da quadrilha' (Foto: Divulgação/CaririNotícias)
O Ministério Público Federal (MPF) em Juazeiro do Norte denunciou um esquema de falsificação de documentos de jogadores cearenses. Nesta quinta-feira (9), o MPF propôs uma ação penal contra nove pessoas apontadas como responsáveis por um processo para "diminuir" a idade de atletas em até três anos, possibilitando a negociação dos jovens com clubes nacionais e do exterior. 
Segundo o MPF, os jogadores que tinham a documentação alterada eram negociados com clubes como Fortaleza, ABC-RN, Bahia, Atlético-PR e Corinthians. Procurador da República, Celso Leal diz que a investigação se arrastava há quase dois anos e, ainda segundo ele, os fatos foram inicialmente comprovados por meio da ficha de jovens atletas disponibilizadas no site do Fortaleza.
– A partir dos dados coletados, a Polícia Federal diligenciou e comprovou a existência de um verdadeiro esquema fraudulento e criminoso articulado por empresários do ramo de futebol do Estado do Ceará, bem como pelos respectivos atletas e seus genitores, os quais detinham conhecimento e participação na confecção e uso de certidão de nascimento, RG, CPF e passaportes falsos no município de Juazeiro do Norte – revelou o procurador.
Entre os nomes citados pelo MPF está o do diretor de futebol do Guarani de Juazeiro, o empresário Kleber Lavor. Ele é apontado como "chefe maior da quadrilha". Em contato com o GloboEsporte.com, o dirigente negou participação e até desafiou qualquer autoridade a provar algo contra ele.
– Só conheço alguns jogadores citados porque são de Juazeiro do Norte, mas não tenho nada a ver com esse esquema – afirmou Lavor.
Celso Leal, por sua vez, diz que agora é hora de ir atrás dos supostos envolvidos para que estes se expliquem.
– A investigação terminou, e a partir de agora começamos uma ação penal. O próximo passo é a Justiça Federal determinar a situação dos réus para que eles apresentem suas defesas.
O esquema
Segundo as investigações do MPF, a ação ocorria da seguinte maneira: os atletas eram convencidos a reduzirem suas idades para serem negociados como se fossem mais jovens. Com a permissão da família do jogador, todos viajavam para Lavras da Mangabeira, cidade distante 417 quilômetros de Fortaleza, onde eram confeccionadas as certidões com nome e data de nascimento já alterados. Só então Kléber Lavor encarregaria-se de fazer os contatos com os clubes e negociar os atletas
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