'Copa Mercosul de Futebol de Base' seria realizada em Conchas (SP).
Responsável afirma que prefeitura não ofereceu estrutura para o evento.
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Uma competição de futebol que seria realizada em Conchas (SP) foi cancelada depois que a empresa responsável pela organização abandonou o evento. Com isso, mais de 67 grupos de jogadores, com idades entre 11 e 18 anos, ficaram sem os jogos e sem infraestrutura adequada.Os atletas chegaram na cidade no último domingo (19) e permanecem no município. São mais de mil jogadores de diversas cidades de São Paulo, de outros cidades e também de países da América do Sul, como Paraguai e Chile. Os organizadores afirmam que cancelaram o evento porque a prefeitura, que deveria oferecer condições de alojamento, não cumpriu com o combinado. Houve falta de alojamento e chuveiros.
De acordo com o árbitro Adilson Aparecido de Souza Oliveira, que havia sido contratado pelos organizadores da "3ª Copa Mercosul de Futebol de Base" para apitar os jogos, quando os atletas chegaram ainda não havia definição dos jogos. Eles ficaram no aguardo e nada foi resolvido. Na terça-feira (21), dois dias depois do prazo para o início das competições - marcadas entre os dias 20 e 25 - os responsáveis desapareceram e não deram nenhuma satisfação às pessoas contratadas e às equipes.
Oliveira conta que é de Araraquara (SP). Pelo contrato, deveria receber R$ 150 por diária. Ele chegou a Conchas (SP) no último domingo (19) com mais um árbitro. Eles ficaram alojados em escolas da cidade. Os espaços foram disponibilizados pela prefeitura, mas a infraestrutura que seria de responsabilidade da organização como alimentação e água, não foi disponibilizada. “Deixaram a gente e desapareceram. Hoje mesmo tentei falar com um dos principais organizadores, mas não consegui”, diz. Oliveira decidiu voltar para a cidade de origem, para isso recebeu ajuda de amigos e da prefeitura.
Por outro lado, a alimentação das equipes tem sido fornecida. As refeições estão sendo preparadas na cozinha piloto da cidade. O dirigente da delegação de Mogi das Cruzes (SP), Anderson Pereira, conta que chegou na cidade com 55 jogadores. Segundo ele, cada equipe pagou R$ 1,5 mil à empresa responsável. O dinheiro não foi devolvido.
A empresa responsável pelo torneio informou que organizou o evento em parceria com a prefeitura, que havia se comprometido a oferecer hospedagem e higienização dos atletas e comissões técnicas, bem como os campos para realização dos jogos. De acordo com a organização, a prefeitura não cumpriu com o acordo em os locais cedidos não comportaram todas as equipes. Também não havia chuveiros para todos.
“Em razão disso, mesmo não sendo de sua responsabilidade, a empresa comprou e instalou os chuveiros por sua conta, porém, houve falta de água em todos os locais onde os atletas se encontravam, gerando reclamação e calamidade geral entre todos. Diante de todos os entraves as equipes que estavam em Conchas começaram a se revoltar. O responsável começou a receber represálias e ameaças, por isso, deixou a cidade para a preservação de sua integridade física", aponta por meio de nota.
Com a paralisação das competições, a prefeitura notificou as equipes para deixarem os alojamentos. A decisão preocupou o professor de Araraquara, Egídio Fernandes, responsável por 18 jovens que participariam da copa. Como não havia mais alojamento na cidade, ele foi obrigado a alugar uma casa.
Já na Prefeitura de Conchas, ninguém quis falar sobre o assunto. Por meio de nota, a assessoria de imprensa afirmou que não tem nenhuma participação no evento e que apenas cedeu os espaços das escolas municipais para alojamento dos atletas. A prefeitura ainda ressaltou que todos foram orientados a procurar a polícia e registrar boletim de ocorrência, para garantir a integridade e o bem-estar dos jogadores.
De acordo com a Polícia Civil de Conchas, até o fim da tarde desta quarta-feira (22), quatro equipes haviam feito o boletim de ocorrência na cidade. A orientação é que as equipes façam o B.O, que pode ser feito pela internet.
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